Da madeira ao som

Desde muito jovem vendo meu avó restaurando em seu atelier violinos e violas, me perguntava como árvores tão grandes poderiam ser esculpidas e trabalhadas até às formas delicadas de um instrumento, e como algo tão leve e fino poderia sustentar a tenão enorme das cordas. Foi só quando inicei minhas primeiras obras em madeira que descobri que era possível através de paciência, técnica e amor.


Conheça também meu trabalho como luthier de violões

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

laterais e fundos, para violões e violas

Wenge
Millettia laurentii

Wenge é uma árvore de copa muito alta e de tronco largo abundante em toda faixa central do continente Africano. Essa madeira é com certeza uma substituta digna para o Jacarandá Baiano. É consideravelmente mais densa e dura, com poros similares aos dos Jacarandás. De tons que variam entre um marrom chocolate claro atá marrom escuro com veios pretos. É muito aromática lembrando muito ao cheiro do Jacarandá baiano, levemente achocolatado. A partir da década de 80 tem se tornado uma alternativa promissora


preço R$ 200,00 até 230,00

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Morado Bolivian Rosewood
Machaerium villosum
Essa madeira popularmente conhecida como Pau-Ferro ou Palo Santo e muitas vezes confundida com outras espécies que possuem aparência similar. É mais densa e pesada que os Jacarandás, não possui poros, portanto de fácil acabamento. Seus tons variam de marrom com veios violacios e pretos até tons mais escuros de vermelho e roxo. Seus veios muitas vezes apresentam efeitos holográficos lindos. Tenho usado essa madeira há anos e é com certeza uma das minhas preferências, tanto por sua estética como também por suas qualidades acústicas ímpares.

Acompanha paleta de 20 cm.

R$ 100,00 até 150,00

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Imbuia (brasilanWalnut)
Ocotea porosa
Madeira originaria do Sul e Sudeste brasileiro. Madeira moderadamente dura, resistente e de longa durabilidade, naturalmente tolerante ao ataque de cupins e outras pragas da famílias dos xilófagos.
É uma madeira de grande variação de cor e texturas, de marrom pardo até marrom escuro, de veios retos até padrões crespos holográficos e de grande beleza. Possui características acústicas bastante particulares, tendendo para o doce.
Tenho obtido resultados surpreendente usando essa madeira e é atualmente um dos meus carros chefe.
Acompanha paleta de 20 cm

R$70,00 padrão liso marrom escuro

R$ 110,00 padrão cresco figurado

recomendavel dobrar usando uma faixa de aço mola porcima da madeira para evitar trincos quando no padrão cresco.

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Maple
Acer saccharum

Madeira canadense, tradicionalmente usada em instrumentos de cordas da famílias dos arcos, como violinos e cellos. Há séculos também é usada nos instrumentos de cordas como violas românticas e lacótes, e no final do século XIX em violões pelas mãos de Antonio de Torres e outros.
Suas variações de veios e tons depende principalmente do corte, no qual o corte mais radial resulta em veios tremidos chamados de flamed e os corte tangencial resulta em figuras chamadas de birdeye. Ambas de grande beleza. As peças disponíveis nesse momento são de corte tangencial, ou seja, com birdeyes. Há peças com mais figuras e menos. Em breve terei disponíveis padrões flamed.
Sobre suas características sonoras, não há o que dizer, simplesmente maravilhoso! graves profundos e agudos nítidos.
Acompanha paleta de 20cm

R$ 120,00 até 160,00

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cavaletes e escalas

Se dizem que o tampo é a parte mais importante do violão, o que dizer do cavalete! Sem ele as cordas não podem ser tensionadas nem produzir som. Então é correto dizer que o cavalete tem importância vital na formação do timbre.
Jacarandá: R$15
Pau-ferro: R$8,00
escala Pau-ferro: R$15,00